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A Dança dos Dragões, ou pelo menos o conflito propriamente, tem início com a morte de Viserys I Targaryen e a coroação de seu filho homem mais velho com Alicent Hightower, Aegon II Targaryen.
No último episódio da primeira temporada de A Casa do Dragão, vemos a preparação do conflito do ponto de vista dos aliados de Rhaenyra, ou o que ficou conhecido como o Conselho Preto.
Interessante notar que, neste episódio, podemos observar como as diferentes personagens se desenvolvem e o que as diferencia umas das outras.
Por exemplo: Rhaenyra está a todo custo buscando manter a paz no reino, Daemon está preparando sua guerra, Rhaenys aguarda seu marido tomar partido na reivindicação de Rhaenyra, as inseguranças de Lucerys Velaryon, segundo filho de Rhaenyra e Laenor, em relação à sua posição de herdeiro de Derivamarca, entre outros.
Em todo caso, vamos ao episódio final.
Notícias de Porto Real e um parto prematuro
A situação em Pedra do Dragão segue seu curso normal, ainda sem o conhecimento da morte de Viserys.
Lucerys está inseguro em relação à herdar o título de Senhor das Marés de seu avô. “Eu fico enjoado antes mesmo do navio sair do porto”, declara o garoto. Sua mãe, Rhaenyra, rebate o filho afirmando que não somos nós que escolhemos o destino, mas que ele nos escolhe.
Mãe e filho compartilham um momento importante para compreendermos como é a relação entre os dois. Até que a cena é interrompida com a notícia da chegada de Rhaenys.
Depois de surgir no fosso dos dragões durante a coroação de Aegon II, Rhaenys segue para Pedra do Dragão para informar Rhaenyra a respeito da coroação de seu meio-irmão e da morte de seu pai.
Daemon também está presente e questiona porque Rhaenys não usou seu dragão, Meleys, para queimar o Rei e acabar com a usurpação do trono.

“Uma guerra deve ser travada por causa desta traição. Mas não sou eu quem deve começar esta guerra”, diz a Rainha que nunca foi em resposta.
Rhaenys alerta Rhaenyra a respeito da caçada iminente que começará contra ela e seus filhos, aconselhando a Rainha a deixar Dragonstone.
Rhaenyra entra em trabalho de parto muito antes do que deveria acontecer.
A cena remete a Emma Targaryen, nos primeiro episódios da série, quando menciona que o campo de batalha das mulheres é o parto. Da mesma forma, Laena Velaryon morreu durante o parto no episódio 6.
Todas essas situações nos dão uma compreensão mais ampla do motivo de Rhaenyra estar tentando seguir com seu parto sozinha. Ela sabe o que aconteceu com inúmeras mulheres na mesma situação.
Além disso, agora, ela entende que seu corpo se tornou mais político do que nunca. Assim, ela deve tomar as rédeas da situação.
Enquanto a herdeira ao trono trava a primeira batalha de seu reinado em seu parto, Daemon está planejando os primeiros movimentos.
Nascimento, morte e coroação
Rhaenyra chama seus filhos para os aposentos onde está em trabalho de parto e dá a eles a notícia do falecimento do avô e da coroação de Aegon II.
Ela diz a Jacaerys que ele é seu herdeiro e que nada deve ser feito sem o comando da Rainha.
Então, ele se dirige para o salão onde está ocorrendo o planejamento de Daemon e entrega a mensagem de sua mãe. Mas é ignorado e Daemon o convida a “aprender o que é a verdadeira lealdade”.
Dois guardas da Guarda Real chegaram à Pedra do Dragão para jurar lealdade a Rhaenyra. Daemon, em frente à Vermax, colhe seus juramentos.
Rhaenyra dá a luz a um bebê natimorto.
Durante o funeral de Visenya – como o bebê foi batizado -, Eryk chega de Porto Real portando a coroa que foi usada pelo Rei Viserys e por Jaehaerys antes dele. “Eu juro proteger a rainha com todas as minhas forças”, declara, entoando o juramento da Guarda Real.
Daemon coloca a coroa sob a cabeça de Rhaenyra e todos os presentes ajoelham para a nova rainha, menos Rhaenys.

O episódio segue para um novo momento da trama, que é o planejamento para recuperar o Trono de Ferro. No salão de batalhas, a mesa de pedra é acesa e ocorre uma espécie de pequeno conselho.
Ali, os conselheiros ponderam a respeito de seus aliados.
Daemon defende que os pretos deveriam atacar a Fortaleza Vermelha o quanto antes com seus dragões, mas Rhaenyra parece não concordar.
Nesse meio tempo, Otto Hightower chega acompanhado de uma pequena comitiva à Pedra do Dragão, em uma cena que, basicamente, repete aquela do segundo episódio, quando Daemon roubou um ovo de dragão para presentear o suposto filho que sua amante “esperava”.
Otto diz que o Rei Aegon II oferece um acordo, caso Rhaenyra o reconheça como Rei e jure obediência ao Trono de Ferro.
Em troca, Sua Graça confirmará sua posse de Pedra do Dragão. E passará para seu legítimo filho, Jacaerys, após a sua morte. Lucerys será confirmado como herdeiro legítimo de Driftmark e de todas as terras e propriedade da Casa Velaryon. Seus filhos com o príncipe Daemon, também terão posições de alta honraria na Corte: Aegon, o mais jovem, será o escudeiro do rei; Viserys, seu copeiro real.
Daemon responde que prefere servir seus filhos aos dragões do que vê-los servirem a um rei usurpador. Contudo, Otto entrega a página de um livro como símbolo da amizade entre Rhaenyra e Alicent, e a Rainha declara que dará uma resposta definitiva no dia seguinte.
Primeiro movimento da Dança dos Dragões
“Não é fácil para homens matar dragões. Mas dragões podem matar dragões. Já mataram”, diz Daemon para Rhaenyra. Porém, a Rainha não deseja governar um reino de ossos e cinzas (alô, Daenerys!).
Daemon está inconformado com toda a situação e, numa explosão de raiva, parte para o pescoço de Rhaenyra.
Nesse momento, ela entende o que mais dói ali: ele não pode ser o Rei de Westeros no lugar dela. Viserys nunca chegou a sequer considerá-lo como sucessor e essa descoberta ocorre quando Rhaenyra menciona a Canção de Gelo e Fogo e ele não faz ideia do que seja isso.
Na sequência, temos a declaração de apoio dos Velaryon e Corlys anuncia que ele e sua frota tomaram o Mar Estreito de uma vez por todas.
No salão da mesa de Pedra, eles arquitetam um plano que nos dá esperança de que há uma vitória possível no horizonte.
Jace e Luke tomam a responsabilidade de entregar cartas importantes para algumas casas do reino, conquistando aliados. Afinal, dragões são mais rápidos que corvos. Rhaenyra lembra a ambos que eles chegam nessas casas como mensageiros e não devem travar nenhuma disputa ali.
Então, saímos de cenas mais claras para o contexto de Ponta Tempestade, comandada por Borros Baratheon, em meio a um toró horroroso.

Ao chegar, Luke percebe que Aemond já está lá há mais tempo, com Vhagar. Um acordo entre os Baratheon e os Verdes já foi selado.
Em todo caso, Luke entrega a mensagem de sua mãe, que mais se parece com uma ameaça do que uma proposta de aliança.
Borros diz ao garoto que ele deve voltar para casa e dizer à sua mãe que o senhor de Ponta Tempestade “não é um cachorro para quem ela pode assobiar para lutar contra seus inimigos”.
Entretanto, Aemond interrompe a partida de Luke ordenando que o garoto retire um de seus olhos como pagamento pelo que lhe tirou. Luke se nega e Aemond parte para cima, até que Lorde Borros declara que não deseja sangue derramado sob seu teto.
Então, a disputa continua do lado de fora. Luke monta Arrax para voltar para casa, mas ele sabe que Aemond irá atrás dele.
Os dragões da cena são um show visual para nós. Durante toda a perseguição, pudemos observar tanto Arrax quanto Vhagar de diferentes perspectivas e, inclusive, compreender o perigo iminente da Dança dos Dragões.
Quando os dragões lutam, todos perdem.
Neste embate, vemos que os dois montadores perderam o controle de seus dragões, mas para Luke a situação acabou pior. Vhagar devora Arrax e Lucerys sem nenhuma cerimônia e Aemond observa os pedaços dos dois caindo do alto.
Pronto, o primeiro movimento de guerra foi dado. O final do episódio é magnífico com ar de dor e vingança nos olhos de Rhaenyra.
A Casa do Dragão retorna apenas em 2024, mas por aqui teremos outros conteúdos a respeito dessa história.