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Entenda como foi o renascimento dos dragões em Game of Thrones
“Quando Daenerys Targaryen se levantou, seu dragão negro silvou, com fumaça clara saindo da boca e das narinas. Os outros dois afastaram-se dos seios e somaram suas vozes ao chamamento, com asas translúcidas abrindo-se e agitando o ar, e pela primeira vez em centenas de anos a noite ganhou vida com a música dos dragões.”
A Guerra dos Tronos – Daenerys X
No último capítulo de A Guerra dos Tronos, Livro I de As Crônicas de Gelo e Fogo, vemos o renascimento dos dragões. As criaturas desapareceram do mundo depois do conflito que deixou a Casa Targaryen em frangalhos, conhecido como A Dança dos Dragões, que está sendo narrado na série A Casa do Dragão, inspirada no livro Fogo e Sangue.
O último dos dragões foi visto no reinado de Aegon III, conhecido como A Desgraça dos Dragões, filho de Rhaenyra Targaryen.
Como aconteceu o renascimento dos dragões?
O episódio do renascimento dos dragões ocorreu durante os ritos funerários de Khal Drogo.
Depois de saquear a vila dos Homens-Ovelhas, o Khal sofreu um ferimento profundo e, na tentativa de ajudá-lo a se recuperar, Daenerys pede ajuda a Mirri Maz Duur, uma feiticeira e curandeira da vila saqueada, a quem os dothraki chamam de maegi.
A feiticeira costurou a ferida e fez curativos com ervas e plantas, mas com o passar dos dias Drogo piorou. O machucado da batalha necrosou. Drogo caiu de seu cavalo e isso significa morte para um Khal.
Aos poucos, o líder do khalasar foi perdendo a consciência e Daenerys recorreu mais uma vez a Maegi para ajudá-la a salvar seu “sol e estrelas” (como costumava se dirigir a Drogo). A mulher disse que para isso seria preciso realizar um sacrifício de sangue e pediu que o cavalo de Drogo fosse oferecido para o ritual.
E é aqui que tudo vai de vez por água abaixo.
A feiticeira engana Daenerys e o que é dado em sacrifício pela “vida” de Drogo não foi seu cavalo, mas sim o filho que Dany esperava, Rhaego.
Você sabia. – disse Dany depois que foram embora. Sentia dor, por dentro e por fora, mas a fúria dava-lhe forças. – Você sabia o que eu estava comprando e conhecia o preço, e mesmo assim me deixou pagá-lo.
A Guerra dos Tronos – Daenerys IX
Mirri Maz Duur contra argumenta, declarando que foi errado o que fizeram com ela, ao seu povo e ao seu deus.
– Foi errado da parte deles terem queimado meu templo – disse placidamente a pesada mulher de nariz achatado. – Isso enfurece o Grande Pastor.
– Isso não foi trabalho de nenhum deus – disse Dany friamente.
A Guerra dos Tronos – Daenerys IX
A Maegi realizou seus rituais para punir o khalasar, o khal e todos que a feriram. Mesmo Daenerys acreditando que salvou a mulher, Mirri diz que quando a khalessi chegou, ela já havia sido violentada por outros três guerreiros e tudo o que ela conhecia foi profanado, portanto, não havia nada para ser salvo. “Olhe para o seu khal e veja de que serve a vida quando todo o resto desapareceu.”
De forma resumida, na sequência, Daenerys matou Drogo sufocando-o com uma almofada e perdeu o filho que estava esperando. Mirri Maz Duur disse que ele nasceu morto com uma aparência monstruosa. Depois da morte do khal, todo o khalasar se dispersou, exceto por algumas mulheres, homens velhos e crianças.
Para os rituais funerários de Drogo, o khas restante reúne todos os seus bens e um cavalo para ajudá-lo na travessia em uma pira que será acesa. Daenerys ordena que Mirri seja amarrada também para queimar.
Dany coloca os ovos de dragão perto de Drogo. “O negro junto ao coração, debaixo do braço. O verde ao lado da cabeça, com a trança enrolada nele. O creme e dourado enrolado entre as pernas”. Por fim, lembra que só a morte pode pagar pela vida.
Para além de um ritual fúnebre, Daenerys parece estar arquitetando algum tipo de magia para trazer algo à vida. A Maegi percebeu essas movimentações e argumentou que um ritual de sangue não é algo para crianças.
Anteriormente, vimos Dany ter um sonho de dragão, no qual “asas encobriram seus sonhos febris” e a frase “você não quer acordar o dragão, quer?” se repete diversas vezes. O sonho foi um presságio do rito que viria a seguir, uma espécie de guia para os próximos passos da Mãe dos dragões.
Fogo, Sangue e Nascimento
Depois da preparação da pira, Daenerys acende o fogo e observa-o quase em transe. Aos poucos vai adentrando as chamas como se estivesse encantada por elas. Os gritos de Mirri Maz Duur permaneceram ao fundo até desaparecerem por completo.
Quando o fogo enfim morreu e o chão ficou suficientemente frio para ser atravessado, sor Jorah Mormont encontrou-a entre as cinzas, rodeada por toras enegrecidas, fagulhas de brasas incandescentes e os ossos queimados de homem, mulher e garanhão. Estava nua, coberta de fuligem, com as roupas transformadas em cinzas, os belos cabelos torrados até desaparecer… mas incólume.
A Guerra dos Tronos – Daenerys X
Enfim, os dragões surgem junto a Daenerys em meio às cinzas e todos que restaram do khalasar ajoelham para ela.
O dragão creme e dourado chupava-lhe o seio esquerdo, o verde e bronze, o direito. Os braços dela os embalavam bem perto. O animal negro e escarlate envolvia-lhe os ombros, com o longo pescoço sinuoso enrolado sob o seu queixo. Quando viu Jorah, ergueu a cabeça e o encarou com olhos vermelhos como brasa.
Sem palavras, o cavaleiro caiu de joelhos. Os homens de seu khas vieram atrás dele. Jhogo foi o primeiro a depositar o arakh a seus pés.
A Guerra dos Tronos – Daenerys X